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História do Papel de Parede

O papel de parede surgiu na China, aproximadamente duzentos anos antes de Cristo. Era rudimentarmente produzido com papel de arroz, totalmente branco, portanto sem qualquer tipo de detalhe decorativo. Posteriormente, ele passou a ser produzido com o pergaminho vegetal, ganhando cores e motivos. As pinturas do papel eram feitas à mão por artesãos e depois vieram os carimbos decorativos de madeira que eram embebidos em tinta para imprimir os desenhos.

A Europa passou a ter mais contato com a China a partir dos séculos XVI e XVII, e o papel de parede surgiu no continente europeu pelas mãos de comerciantes árabes, que aprenderam com os chineses a sua produção. Passou a ser usado para decorar paredes, janelas e portas, substituindo as telas e as tapeçarias.

Até 1500, havia limitadas variações de papéis de parede com temas chineses na Europa. Com a chegada de artistas renascentistas italianos na França, surgiram os padrões totalmente europeus. Contudo, as folhas continuavam a ser pequenas, com qualidade de reprodução mediana e tudo em um ritmo de produção muito lento.

Em 1675, passou-se a aplicar na fabricação dos papéis o mesmo princípio utilizado na gravura: a passagem dos desenhos para blocos de madeira, possibilitando o uso da cor sem restrições técnicas. Coloridos e baratos, os papéis de parede foram usados em bolsas, originando uma moda que definitivamente se popularizou no século XVIII. Na época, a casa real francesa foi a que menos poupou o papel de parede ao decorar seus palácios.

Em 1870, Juan Zuber instalou na comuna francesa de Rixheim uma fábrica de papel de paredes que funcionou até 1939, na qual foram aperfeiçoadas as técnicas de impressão com corantes. A fábrica de Zuber também lançou o primeiro rolo com mais de quatro metros lineares de papel de parede pronto para uso.

O Chippendale, inspirado pelo rococó francês, passou a ser o papel mais vendido e procurado de Londres, mas era muito variado. Em 1814, veio a máquina de impressão, criada por Konig, inovando e melhorando o processo de fabricação do papel. A máquina de Konig espalhava com precisão fibras de algodão e seda sobre a tinta ainda fresca, que pela transparência e sobreposição resultaram em detalhes com relevo. Assim surgiu o chamado flock. A Rainha Vitória mandou forrar as paredes de Hampton Court com o flock, para a sua lua de mel com o Príncipe Alberto.

No Brasil, o papel de parede apareceu devido à forte imigração européia no final do século XIX. Porém, até 1930, a importação desse produto era pequena, em função dos altos custos, sendo em seguida esquecido por anos. Em 1960, com a modernização da indústria brasileira e com a redução dos custos, o papel tornou-se um popular revestimento decorativo de paredes.

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